23.setembro.2019. \\ Avaliação\\ Comunicado\\ Perícias
Com ampla participação de profissionais, Congresso aprovou 36 propostas
Aconteceu no último fim-de-semana, em Palmas/TO, o 10º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), cujo tema central foi “Estratégias da Engenharia, da Agronomia e das Geociências para o Desenvolvimento Nacional”. O evento sucedeu o 76º SOEA e elegeu quem comporia a Mesa Diretora, responsável por definir as melhores propostas, dentro do sistema CREA-CONFEA, para os próximos 03 anos. Com 117 votos, a presidente da ABAP, Karine Moreira, foi eleita como 2ª Secretária. Karine se mostrou entusiasmada com a votação expressiva e pontuou a ascendente fase em que a engenharia de avaliação passa. “O que mais ouvi aqui foi como o setor tem sido reconhecido. A engenharia de avaliação nunca havia sido citada em nenhuma das 9 cartas anteriores, a ABENC me convidou para falarmos sobre avaliação de imóveis, agora tivemos espaço na mesa diretora. São conquistas importante para o processo”, disse.
Abaixo, a íntegra da Carta Declaratória de Palmas, com propostas que buscam redirecionar o Brasil rumo ao desenvolvimento, com destaque no texto em que a engenharia de avaliação é mencionada.
Carta de Palmas – 10º Congresso Nacional de Profissionais (CNP)
Reunidos em Palmas, capital do Tocantins, os profissionais que participaram do 10º Congresso Nacional de Profissionais propõem que decisões políticas e econômicas sejam tomadas para o bem da sociedade brasileira e o progresso do país.
Com base em cinco eixos temáticos: Inovações Tecnológicas, Recursos Naturais, Infraestrutura, Atuação Profissional e Atuação de Empresas, as propostas aqui apresentadas resumem o trabalho coletivo de centenas de profissionais da área tecnológica nacional que buscam soluções para redirecionar o país rumo ao desenvolvimento, com o firme propósito de deixar um bom legado para as próximas gerações.
Inspirados pelo tema central do 10º CNP, “Estratégias da Engenharia, da Agronomia e das Geociências para o Desenvolvimento Nacional”, acreditando que é preciso retomar a ideologia do desenvolvimento, acreditando que é preciso e necessário pensar o presente com o olhar voltado para o futuro, e acreditando que a engenharia, a agronomia e as geociências são as ferramentas para proporcionar dias melhores para a nossa população sofrida, guerreira e trabalhadora, propomos:
– Incentivar a civilidade e a inteligência;
– Organizar e definir táticas e estratégias para preservar nossa terra, nosso ar, nossas águas, nossas matas e nossa produção de bens materiais e imateriais;
– Recuperar a ideologia do desenvolvimento construindo um Projeto Nacional de Desenvolvimento;
– Gestar um projeto de longo prazo, unindo os esforços de quem acredita nos benefícios que a Engenharia, a Agronomia, a Geografia, a Geologia e a Meteorologia trazem para o bem da Nação, além de trabalhar para convencer os que descreem de que essas são as armas de uma guerra onde só haverá vencedores;
– Promover o crescimento econômico e uma melhor distribuição de renda;
– Preservar nosso capital e preservar nossas empresas;
– Fomentar a formação educacional e profissional;
– Estabelecer o modelo de formação multidisciplinar, agregando as informações de muitos campos científicos equilibrando o binômio especialista/generalista;
– Incentivar a educação continuada ou a aprendizagem ao longo da vida, exigência de um mundo em acelerada transformação;
– Reformular os mecanismos de financiamento à pesquisa de ponta para ampliar as áreas em que o país detém vantagens, como as áreas da agricultura tropical, pecuária, mineração, siderurgia, manejo florestal e meio ambiente;
– Incentivar iniciativas concentradas em universidades e centros de pesquisa que resultem em inovações tecnológicas, base do aumento da produtividade;
– Incentivar as empresas que demandem pesquisas para que sejam verdadeiros laboratórios de experimentos;
– Reduzir o desperdício de recursos naturais, cujos frutos impulsionam o desenvolvimento e são fontes de bons negócios para a economia;
– Adotar a reciclagem de resíduos para gerar produtos com valor agregado e conservar água e energia;
– Estabelecer que obras, empreendimentos e pesquisas sejam realizados com base em projetos executivos, contemplando o bom planejamento, baseado em cálculos reais;
– Garantir que em qualquer área, como a de serviços de avaliações e perícias, sejam atendidas as Normas Técnicas brasileiras e sejam realizados por profissionais habilitados;
– Estabelecer a firme governança de mecanismos que incentivem as Parcerias Público Privadas;
– Aperfeiçoar a Lei 8.987/1995, conhecida como Lei das Concessões, com a finalidade de fortalecer a presença do Estado como coordenador de bons resultados;
– Administrar a dívida pública e transformá-la em elemento promotor de investimentos;
– Remontar o setor industrial brasileiro;
– Promover uma melhor administração de renda;
– Valorizar o trabalho e o processo produtivo;
– Promover a integração do território nacional e a integração do Brasil com os países da América do Sul;
– Promover a urbanização das cidades, ofertando infraestrutura, saúde e educação que contemple todo e qualquer cidadão.
Sabemos que essas propostas não são tarefas fáceis de executar. É preciso se despir de vaidades, ressentimentos, desconfianças, ambições eleitorais e partidarismos. São tantos os embaraços que muitos se inclinam a desistir, antes de começar.
Mas é preciso começar. E os profissionais reunidos em Palmas iniciaram o trabalho de reconduzir o Brasil ao seu merecido lugar, por meio do nosso sistema profissional.
Essa é a principal diretiva a que chegamos.
Atenciosamente,
Participantes do 10º CNP
* Fotos retiradas do Facebook do CONFEA/CREA